Próteses mamárias rompidas serão trocadas pelo SUS e pelos planos de saúde
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O sistema público e os planos de saúde terão que dar cobertura integral às mulheres afetadas por complicações provocadas pelo rompimento dos implantes mamários das marcas PIP e Rofil, incluindo a substituição das próteses quando necessário, mesmo que as cirurgias originais tenham sido por caráter estético, determinou o governo nesta sexta-feira.
A PIP (Poly Implant Prothese SA), uma extinta marca francesa, e a Rofil, da Holanda, tiveram seus registros cancelados pelo governo brasileiro após milhares de mulheres ao redor do mundo terem relatado problema de ruptura das próteses PIP. A produção da Rofil era terceirizada à PIP.
A decisão do governo foi anunciada após reunião entre o Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Agência Nacional de Saúde (ANS) para reforçar as orientações e determinar, principalmente, qual a extensão da cobertura dos planos de saúde.
Anteriormente, a determinação era de que as seguradoras deveriam cobrir o tratamento das complicações mesmo se o implante fora colocado inicialmente por estética, mas que o pagamento da nova prótese nesses casos caberia a cada paciente.
Agora, o SUS e os planos darão "cobertura integral a estas pacientes, inclusive realizando cirurgia e substituição da prótese quando indicada... A indicação de substituição não é universal, sendo restrita a indícios de ruptura", segundo nota conjunta divulgada nesta sexta-feira.
De acordo com a Anvisa, entre 300 mil e 400 mil mulheres têm prótese mamária no Brasil, das quais até 25 mil seriam das marcas PIP e Rofil. As próteses PIP estão proibidas no país desde 2010.
Fonte: Yahoo Notícias.