Pesquisa aponta o uso de copaíba para tratamento de tendinite
Tweetar
Esforços prolongados e repetitivos, sobrecarga, desidratação, alimentação incorreta e a presença de toxinas no organismo podem desencadear uma inflamação nos tendões. Também chamada de tendinite, a inflamação tem sido alvo de estudos tanto no campo da medicina esportiva quanto na medicina do trabalho, principalmente após a difusão da informática. A depender da natureza e da severidade da lesão o tratamento pode incluir a indicação de antiinflamatórios, repouso e sessões de fisioterapia.
Pesquisa desenvolvida pela professora do Departamento de Fisioterapia da UFS Evaleide Diniz tem como objetivo investigar a eficácia do ultrassom em associação ao óleo de copaíba, substância resinosa extraída do tronco da copaíba, árvore de grande porte típica da floresta amazônica. Bastante difundido e utilizado para os mais variados fins na região Norte do Brasil, o produto contém propriedades antiinflamatórias, analgésicas e de alto poder cicatrizante.
Professora Evaleide, do Departamento de Fisioterapia da UFS.
A técnica que une o ultrassom e as drogas, definida como fonoforese ou sonoforese, teve início no Brasil em 1950. Entretanto, possui pouca comprovação e número escasso de pesquisas no país, apesar de o uso do ultrassom tratar-se de um recurso já consagrado na fisioterapia para tratar processos inflamatórios. Segundo a professora Evaleide, uma das razões para esse comportamento é a precaução que os fisioterapeutas de modo geral possuem, já que precisariam ter um conhecimento mais aprofundado em farmacologia para fazer uso do procedimento. Além disso, conta a docente, na fisioterapia os estudos são mais subjetivos, o que acaba gerando dúvidas quanto à eficácia.
“Nós procuramos estudar os princípios ativos, como em todo laboratório de farmacologia se estuda a base experimental, para futuramente poder transformar a pesquisa em um fármaco ou em alguma droga que possa ser utilizada com segurança na clínica”, afirma a responsável pelo estudo.