Ausência de infraestrutura inviabiliza investimentos na Amazônia
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As soluções para uma melhor logística na Amazônia passam por questões rodo-fluviais. A afirmação é do presidente da Federação das Empresas de Logística,Transporte e Agenciamento de Cargas da Amazônia (Fetramaz), Irani Bertolini.
Foto: Fábio Jacobi |
Em entrevista ao portalamazonia.com, ele falou sobre como as empresas do setor discutem apresentar ao Governo Federal uma série de propostas de melhorias para evitar a perda da competitividade da indústria local.
Assim como os importados vêm de outros países, as mercadorias não fabricadas no Polo Industrial de Manaus (PIM) e os insumos para as empresas locais precisam ser transportadas para cá.
Como não há uma estrada que ligue a capital diretamente aos estados do Sudeste, os produtos realizam uma rota com dois modais: o rodoviário e o hidroviário.
A mercadoria, saindo dos Estados da região Sudeste, vem inicialmente por via terrestre até Belém.
A partir da capital paraense, os insumos precisam vir de barco, saindo da Baía do Marajó: só é possível sair do Porto à noite, pois as ondas têm uma violência natural no período diurno. Com estas paradas, os produtos chegam a Manaus em 12 dias. As consequências da falta de infraestrutura são os prejuízos, diretos e indiretos, no transporte de cargas.
“No Pará, existe a BR 165 – via importante para a logística – que se estivesse viável, nos daria uma economia de dois dias. Não temos estrada direta. A BR 319 é um sonho e faltam portos tanto nas capitais amazonense e paraense quanto no Amapá e em Porto Velho”, assinalou Bertolini.
As informações são do Portal Amazônia.