Indústria automobilística: estoque nas fábricas é o maior desde 2008.
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Atualmente há 387,1 mil unidades de veículos novos à espera de um comprador no Brasil. O encalhe é 60% maior do que o total de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus vendidos em março, que somou 240,8 mil unidades.
As vendas estão caindo no mercado interno, por causa da alta dos juros e da volta do IPI, e no mercado externo, com os problemas de exportação para a Argentina.
Para reduzir os estoques, grande parte das montadoras adotou medidas de corte de produção, como férias coletivas, suspensão temporária de contratos de trabalho, redução de turnos e até abertura de Programa de Demissão Voluntária (PDV) - caso da Mercedes-Benz, na área de caminhões.
O mercado de caminhões é um dos mais afetados pela queda de vendas no Brasil e nas exportações para a Argentina. A Mercedes diz ter 2 mil funcionários excedentes na fábrica de São Bernardo do Campo, onde emprega 12 mil pessoas. O excesso de pessoal, diz a empresa, vem desde 2012 e se intensificou nos últimos meses.