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Bacupari: nova esperança contra o câncer.

Uma estudo realizado por pesquisadores da Univali (Universidade do Vale do Itajaí / SC) e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) com a fruta bacupari apresentou resultados promissores contra o câncer.
Compostos isolados da planta, cujo nome científico é Garcinia achachairu, apresentaram (in vitro) bons resultados contra várias linhagens celulares cancerígenas, principalmente de próstata, mama e rim. 

O trabalho é liderado por professores da Univali integrantes da Rede Iberoamericana de Investigações em Câncer (Ribecancer), que estabelece colaborações multidisciplinares sobre a doença e seu controle, com foco na descoberta de novos agentes terapêuticos a partir da biodiversidade terrestre e marinha. “Testamos vários extratos de diferentes partes da planta e encontramos os melhores resultados com os galhos, sendo isoladas e identificadas duas substâncias raras da classe das xantonas que parecem ser as responsáveis pelo efeito biológico evidenciado”, explica Rivaldo Niero, um dos responsáveis pela pesquisa. 

 Entretanto, Niero alerta - ainda que os resultados sejam muito promissores, é preciso cautela em relação ao uso da planta em humanos, em função da necessidade de estudos sobre os possíveis efeitos tóxicos. Valdir Cechinel Filho, coordenador da rede Ribecancer, explica que, para desvendar o mecanismo de ação dos princípios ativos da planta, a próxima etapa serão os testes em modelos in vivo, em parceria com o Centro de Investigação em Câncer da Universidade de Salamanca, na Espanha. 


Outras propriedades:
Analisando variedades da fruta encontradas na região amazônica desde a primeira metade dos anos 2000, cientistas da Unicamp e da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) já haviam apontado propriedades do bacupari contra cinco tipos de cânceres, de nove testados. Os pesquisadores isolaram o composto 7-Epiclusianona (7EPI) e realizaram testes biológicos para verificar possíveis atividades antimicrobiana, anti-inflamatória e antitumoral. 

Com base em protocolo internacional de triagem do Instituto Nacional de Saúde (NIH), dos Estados Unidos, a investigação apontou que o composto tem grande atividade contra células cancerígenas de cinco tipos de tumores: ovário, próstata, rim, língua e pele (melanoma). Nas outras células analisadas – duas linhagens diferentes de câncer de mama, uma de pulmão e outra de câncer de língua – não houve ação considerável. O 7EPI também se mostrou promissor como antibiótico natural. A substância foi extraída, principalmente, da casca e da semente do bacupari.

As informações são do portal Estado de Minas.

Postado por EVANDRO MARQUES no(a) terça-feira, 18 de março de 2014 às 21:53. Categoria: . Você pode acompanhar quaisquer respostas a esta postagem através do RSS 2.0. Fique à vontade para deixar um comentário.

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