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Professor da UFMA relata o que pode ocorrer caso o navio coreano afunde

O Professor Doutor Marcos Valério, chefe do Departamento de Oceanografia e Limnologia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), não acredita que o navio sul-coreano Vale Beijing, alugado pela companhia Vale e que está com rachaduras, corra o risco de afundar. Ele explica que nesse possível processo de naufrágio, o minério de ferro, ao cair na corrente da Baía de São Marcos, poderia causar um benefício, num primeiro momento, para o fitoplâncton, isto é, as algas que produzem energia para manter o ecossistema em equilíbrio.

Foto: STRINGER/BRASIL/REUTERS
Nesta perspectiva, o minério de ferro poderia favorecer o crescimento do fitoplâncton e, consequentemente, aumentar a disponibilidade de energia para os demais níveis tróficos. Mas, num segundo momento, caso o minério de ferro não fosse totalmente dissolvido na coluna de água, ele poderia provocar sombreamento, o que causaria um problema na penetração dos raios solares no mar. Na opinião do professor, o mais grave é que o minério de ferro poderia começar a entrar na cadeia trófica e chegar até os peixes, podendo representar danos ao seu aspecto reprodutivo. “Eu acredito que a Baía de São Marcos tem um volume de água e um prisma de maré muito grande, com marés de até 7 metros de altura, além de uma corrente que também favoreceria a dispersão do minério”, conclui.

As informações são do jornal "O imparcial".

Postado por EVANDRO MARQUES no(a) domingo, 11 de dezembro de 2011 às 10:29. Categoria: , . Você pode acompanhar quaisquer respostas a esta postagem através do RSS 2.0. Fique à vontade para deixar um comentário.

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